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Em breve  a historia do Grupo 116 - Loureiro

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 Freguesia de Loureiro
História e Demografia


Loureiro, freguesia do concelho de Peso da Régua. Localiza-se numa encosta na margem norte do Rio Douro, entre socalcos e vinhedos. Confinando com as freguesias de Moura Morta, Fontelas, Godim, Oliveira Medrões e Sanhoane, e com os concelhos de Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião. A freguesia de Loureiro é detentora de uma área de 512 hectares, composta pelos povos de S. Gonçalo, Marvão, Paradela, Reguengo, Vale Escuro, Sequeirós, Quintã, Barco, Outeiro de Cima, Outeiro de Baixo, Sobre Igreja, Pinheiro, Caldeiras, Caleiro, Torre, Paredes, Roupeiro, Calvário, Granja, Cales, Romezal, Gervide, Travassos, Bugalheira, Pousa e Ribeira da Meia Légua.
A documentação escrita existente sobre Loureiro remonta e 15 de Dezembro de 1519, altura em que este local beneficiou do foral concedido a Santa Marta de Penaguião por D. Manuel, e assim se tornou numa abadia da apresentação dos senhores de Murça. Da freguesia sabe-se ainda que tomou parte heróica contra os franceses por altura das invasões.
Nos finais do século XVI, os senhores Guedes recebiam, pelos seus direitos sobre e freguesia, quatrocentos alqueires de pão, trezentos de vinho, duzentos de azeite e seiscentos de castanha. Estes números espelham a riqueza das terras de Loureiro.
Em Loureiro nasceu o asceta Heitor Vaz Pinto d’ Atayde Dá Mesquita e Vasconcelos, da família dos donos da Quinta de Loureiro. Esta figura marcante e reverenciada da freguesia desistiu de prosseguir os seus estudos na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra para se dedicar a Deus e ajudar os desfavorecidos e doentes. Esta decisão foi tomada aos vinte anos de idade e, desde então, o povo recorria a ele em todos os momentos de aflição. A fama da sua bondade chegou a todo o norte de Portugal, adquirindo, depois da sua morte, o epíteto de Heitorzinho, o Justo. Foi sepultado na igreja paroquial da freguesia, onde ainda hoje acorrem pessoas de terras distantes para lhe rezarem e lhe pedir auxílio nos seus males. Permanece na memória das gentes da freguesia que todos os anos realizam uma festa em sua honra.
“Começou a ser notado pela sua maneira virtuosa e humílima, recorrendo a ele o povo nos momentos de aflição, estando sempre pronto para mitigar todas as dores, por mais difíceis que fossem os seus sacrifícios. E assim, as suas virtudes chegaram ao conhecimento de quase todo o norte do País, sendo após a sua morte cognominado Heitorzinho, o Justo. Ainda hoje vêm muitas pessoas de remotas terras ao seu túmulo, na igreja matriz desta freguesia, onde lhe rezam, lhe contam os seus segredos, os seus amores e queixumes e lhes pedem alívio para os seus males, revela o livro “Freguesias do Concelho do Peso da Régua, uma edição do Jornal Ilustrado “A Hora”, editada em 1946
* Fonte: J.F. de Loureiro
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